Por que o De Repente SUAS foi criado?
O SUAS é atualmente um dos maiores empregadores das psicólogas e psicólogos do País, mas parte significativa dos cursos de graduação em Psicologia ainda parece não ter se atentado para essa realidade. Os recém-chegados aos serviços da Política de Assistência Social manifestam grande dificuldade em aprender como devem atuar e de buscar as referências para tal dentro da bagagem teórica que adquiriram na faculdade.
Além disso, muitas recém-chegadas fazem uma interpretação equivocada de uma das diretrizes para a atuação da Psicologia no SUAS de que não deve ter fins psicoterapêuticos tal como na Psicologia Clínica. Isso as induz a descartar conhecimentos, técnicas e ferramentas de trabalho que não são exclusivas para quem irá atuar no campo da psicoterapia, como a observação, a escuta, as técnicas de entrevista psicológica e de manejo de grupos, a análise de discurso e os conhecimentos em psicopatologia, psicologia do desenvolvimento, avaliação psicológica, teorias de personalidade, etc.
Por um lado, temos à nossa disposição vários documentos oficiais e normas técnicas que norteiam a nossa prática profissional. Por outro, profissionais que dizem que não aprenderam na faculdade a atuar no SUAS e se sentem inseguros, impotentes e desmotivados frente aos desafios do dia-a-dia no trabalho.
Além disso, me preocupam posturas academicistas que parecem estar mais a favor de teorias e status pessoal do que de disseminar o conhecimento que pode gerar transformações na sociedade. O momento atual pede mudanças de postura e a criação de pontes entre o conhecimento e o saber dessas duas parcelas da população brasileira: aquelas e aqueles que tiveram acesso ao conhecimento técnico/científico e o público atendido pela política de Assistência Social.
Minha proposta é te lembrar do repertório que você já tem ou pode construir e utilizá-lo a favor de você e do público que atende.
Para quem é o DRS?
Para todos as/os profissionais de Psicologia do SUAS que:
querem atuar melhor mas não sabem como;
querem aprender mais;
desejam trabalhar com prazer e propósito.
O que eu valorizo?
O resgate do que te motivou a cursar Psicologia;
A conexão com o que te motiva a trabalhar na Assistência Social e com os seus sonhos de mudanças na sociedade brasileira;
A formação de vínculos com o público atendido;
O saber construído ao longo da trajetória profissional, que não consta nos livros e PDFs, através de observações, escutas e vivências;
A cultura, o saber e os valores do público que atendemos;
Uma comunicação com o público atendido que seja empática, sensível, respeitosa e voltada para a resolução de seus problemas.
Do que não abro mão?
Do respeito a todas as formas de conhecimento e saber, sem hierarquizações e academicismos;
Da observação e da escuta das motivações e necessidades das pessoas que são atendidas pelo SUAS;
Ao mesmo tempo, não perco de vista uma construção criteriosa e ética de conhecimento no SUAS, sintonizada com a realidade do País mas em constante diálogo com o conhecimento acadêmico e já construído nas áreas que atuam no SUAS (sempre que necessário beberemos da fonte dos autores clássicos e faremos uma análise do que ainda se aplica e do que precisa ser reformulado/adaptado);
Do potencial que os serviços do SUAS têm de transformar a sociedade brasileira, apontando e construindo caminhos para a superação de injustiças históricas e violações de direitos.
De uma abordagem leve, apaixonada, com linguagem acessível e afetiva, dos assuntos que precisamos abordar. Atuar no SUAS pode ser fonte de prazer e realizações em sua vida profissional e pessoal e eu posso demonstrar!
Qual é a minha metodologia?
Juntamos a legislação e a teoria com as minhas e as suas vivências profissionais para gerar práticas que te conectam com o público atendido e o coloque no caminho para a garantia de seus direitos socioassistenciais.